sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Eu Mal Sabia.

Alma que se afoga em um mar de desilusões
Coração que vorazmente palpita
Percorrendo nos meus sonhos várias dimensões
Uma realidade que em mim já habita
É aqui que agora vivo
Felicidade é o único objetivo

E quando lembro dos momentos difíceis
Vejo que muito pecou meu alento
Estive em uma terra seca e sem vento
Batalhando de faca uma chuva de mísseis
Era lá que outrora eu vivia
Tanta infelicidade... eu mal sabia...

Queria um ombro amigo
Chamava por alguém
Desejo imensurável de fugir desse castigo
Eu não me importava
Fosse a morte ou mais além
O otimismo me fitava com desdém
A perdição era o que meu peito proclamava
Era lá que outrora eu vivia
Tanta infelicidade... eu mal sabia...

Vagava por estradas tortuosas
Nada restava a mim
Medo indescrítivel...
O frio afago da condenação
A minha palidez de marfim
Por que é tão suscetível?
É tarde para implorar perdão
Incontáveis crueldades, traições sigilosas...
Era assim que eu vivia
Tanta infelicidade... eu mal sabia...

Vi uma intensa luz
E desde então aqui estou
Uma terra de amor e paz
Será que do fatídico destino fui poupado?

Meu passado hediondo ficou para trás
Irei mudar meu futuro
Serei leal e generoso
Tudo que outrora não fui capaz
Saborearei os mais belos prazeres do mundo
Pela primeira vez na vida terei gozo
É assim que agora vivo
Tanta felicidade... agora eu sei


Samuel Garcia
Piratini, 04/01/2013

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