Parti em silêncio
O trovão interrompeu
A última gota de esperança
O medo então bebeu
O sol não obedece
O luar já não conforta
Do que a alma carece
O coração tem a resposta
Coragem vem ao meu encontro
Prontifica-se a acompanhar-me
Pois tu é nada mais que um monstro!
Trazes a vaidade para consumar-me!
O temível frio que tortura
As forças do espírito
A carne que se afoga em amargura
Por não estar ao seu alcance o infinito
Sem abrigo, sem fé
Lutar parece loucura
Com grande esforço me ponho de pé
E tento relembrar algumas juras
Juras distantes, juras perdidas
Muito chamaram mas nada ouvi
Quantas desgraças sofridas
Pago agora por momentos em que nunca agi
Lembro as palavras vazias
Lábios puros de traição
Corpos submissos à mãos frias
Fingindo serem servas da paixão
Lembro o que esqueci
Acho o que perdi
É esse caminho ilusório
Que me trouxe até aqui
O frio é intenso
O frio não perdoa
Já não mais aguento
A vitalidade escoa...
A alma agora é livre!
O único fim do maior dilema
A vida que não encontrou a felicidade interior
Como os traços de um poema
Samuel Garcia
Piratini, 28/04/2013
domingo, 28 de abril de 2013
domingo, 21 de abril de 2013
Merecer.
Nessas ilusões destemidas
Que insistem em se fazer
Perguntam-me questões respondidas
E assim vivo sem saber
O que posso merecer
Aves gorjeando amável melodia
O límpido céu azul ao seu ver
Bebendo versos de alegria
Clamo pelo amanhecer
Pois desconheço o que posso merecer
Seguido pelo passado errante
Falhas que sempre buscam me vencer
São passos longos e desgastantes
Nunca aprendo o que me faz esquecer
Sobre o que posso ou não merecer
Anseio por um novo horizonte
Que então fará uma descoberta nascer
Esperando o amanhã apago o ontem
Não há mistério em crer
Mas ainda desconheço o que posso merecer
E se em vez do amanhã eu gozar o hoje?
Sabendo que o amanhã não floresça
Ignoro o futuro e olho para trás
Confiando nessa conclusão, espero que ela cresça
Pois talvez eu mereça...
Samuel Garcia
Barrocão, 3º Distrito de Piratini, 20/04/2013
Que insistem em se fazer
Perguntam-me questões respondidas
E assim vivo sem saber
O que posso merecer
Aves gorjeando amável melodia
O límpido céu azul ao seu ver
Bebendo versos de alegria
Clamo pelo amanhecer
Pois desconheço o que posso merecer
Seguido pelo passado errante
Falhas que sempre buscam me vencer
São passos longos e desgastantes
Nunca aprendo o que me faz esquecer
Sobre o que posso ou não merecer
Anseio por um novo horizonte
Que então fará uma descoberta nascer
Esperando o amanhã apago o ontem
Não há mistério em crer
Mas ainda desconheço o que posso merecer
E se em vez do amanhã eu gozar o hoje?
Sabendo que o amanhã não floresça
Ignoro o futuro e olho para trás
Confiando nessa conclusão, espero que ela cresça
Pois talvez eu mereça...
Samuel Garcia
Barrocão, 3º Distrito de Piratini, 20/04/2013
domingo, 14 de abril de 2013
Rabiscos.
Nos devaneios repentinos
Nas estrelas que reinam o céu
O inocente pensar de uma criança
Traça rabiscos no papel
Um círculo amarelo
Sol que aquece nossas vidas
Repleto de puro amor
Preenche os espaços de tamanha bondade contida
Alguns círculos brancos
Nuvens que encobrem nossas decisões
A certeza exige luz
Pra iluminar o caminho em meio a tantas contradições
Linhas verticais contínuas
Pingos da chuva que escorrem em nossos rostos
Há consigo frescores e arrepios
Que buscam todos sonhos depostos
Linhas horizontais contínuas
Vento da tentação incessante
Traz e leva folhas de outras estações
Nos empurra pro lado errado, não obstante
Na base uma grande linha horizontal
É o chão que nos sustenta
Só não caiamos ou tropeçamos
Nessa longa estrada que maltrata e acalenta
Traduzir nossa vida?
Não é tarefa árdua
Sentidos nascem no fundo do peito
E revelam a nós mesmos uma triste mágoa
Mágoa pelo mundo hoje
Que já foi muito melhor
Sabendo que parece em vão
Cada pingo de suor
Os braços nada seguram
As pernas nada sustentam
Verdades que nunca mudam
Batalhas que nunca enfrentam
O futuro já vem vindo
E o tempo anunciando
Morreu-se o que era lindo
E acabou não ressuscitando
Samuel Garcia
Piratini, 14/04/2013
Nas estrelas que reinam o céu
O inocente pensar de uma criança
Traça rabiscos no papel
Um círculo amarelo
Sol que aquece nossas vidas
Repleto de puro amor
Preenche os espaços de tamanha bondade contida
Alguns círculos brancos
Nuvens que encobrem nossas decisões
A certeza exige luz
Pra iluminar o caminho em meio a tantas contradições
Linhas verticais contínuas
Pingos da chuva que escorrem em nossos rostos
Há consigo frescores e arrepios
Que buscam todos sonhos depostos
Linhas horizontais contínuas
Vento da tentação incessante
Traz e leva folhas de outras estações
Nos empurra pro lado errado, não obstante
Na base uma grande linha horizontal
É o chão que nos sustenta
Só não caiamos ou tropeçamos
Nessa longa estrada que maltrata e acalenta
Traduzir nossa vida?
Não é tarefa árdua
Sentidos nascem no fundo do peito
E revelam a nós mesmos uma triste mágoa
Mágoa pelo mundo hoje
Que já foi muito melhor
Sabendo que parece em vão
Cada pingo de suor
Os braços nada seguram
As pernas nada sustentam
Verdades que nunca mudam
Batalhas que nunca enfrentam
O futuro já vem vindo
E o tempo anunciando
Morreu-se o que era lindo
E acabou não ressuscitando
Samuel Garcia
Piratini, 14/04/2013
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Não é por te Querer.
Não é por te querer
Que esses olhos brilham tanto
Imaginando divinos encantos
Querem serenos permanecer
Não é por te querer
Que já estás contra o tempo
Julgando o valor de um momento
Que nunca foste capaz de compreender
Não é por te querer
Que o silêncio a acompanha
Sonha calada e questiona uma vida estranha
Desconhecendo o mundo sem perceber
Não é por te querer
Que sorris ao sol e a lua
Contempla-os com essa doçura
E faz-se em ti a real alegria de viver
Não é por te querer
Que a impulsividade lhe manipula
Que aquela segurança agora é nula
Buscas o certo, busca somente o dever
Não é por te querer
Que viajas incessante
Pensamentos delirantes
Prevalece teu sofrer
Não é por te querer
Que perdeste a bela flor
Submissa a um amor
Temes que venha a perecer
Não é por te querer
Juro-te, ó amável moça
Só lhe peço que me ouça
São coisas que estão além do meu saber
Samuel Garcia
Piratini, 12/04/2013
Que esses olhos brilham tanto
Imaginando divinos encantos
Querem serenos permanecer
Não é por te querer
Que já estás contra o tempo
Julgando o valor de um momento
Que nunca foste capaz de compreender
Não é por te querer
Que o silêncio a acompanha
Sonha calada e questiona uma vida estranha
Desconhecendo o mundo sem perceber
Não é por te querer
Que sorris ao sol e a lua
Contempla-os com essa doçura
E faz-se em ti a real alegria de viver
Não é por te querer
Que a impulsividade lhe manipula
Que aquela segurança agora é nula
Buscas o certo, busca somente o dever
Não é por te querer
Que viajas incessante
Pensamentos delirantes
Prevalece teu sofrer
Não é por te querer
Que perdeste a bela flor
Submissa a um amor
Temes que venha a perecer
Não é por te querer
Juro-te, ó amável moça
Só lhe peço que me ouça
São coisas que estão além do meu saber
Samuel Garcia
Piratini, 12/04/2013
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Mais um Dia de Verão.
Mais um dia de verão
Mais um dia sem meu amor
Desde quando soltei a tua mão
Desejo dos teus lábios o sabor
Quão demora...
Como esquecer essa verdade?
Linda moça, saiba agora
Esse amor é o ápice de nossa mocidade
Nesse dia perdido de verão
Há pegadas de saudade na areia da vida
E as águas do amor, onde estão?
Os ventos não sopram
A areia não molha
As pegadas se multiplicam...
Samuel Garcia
Piratini, 01/04/2013
Mais um dia sem meu amor
Desde quando soltei a tua mão
Desejo dos teus lábios o sabor
Quão demora...
Como esquecer essa verdade?
Linda moça, saiba agora
Esse amor é o ápice de nossa mocidade
Nesse dia perdido de verão
Há pegadas de saudade na areia da vida
E as águas do amor, onde estão?
Os ventos não sopram
A areia não molha
As pegadas se multiplicam...
Samuel Garcia
Piratini, 01/04/2013
Ando.
Ando tão diferente
Perdido em pensamentos
Achado em dúvidas
Necessito ensinamentos
Ando tão cético
Confiança quem conhece é meu olhar
Nem mesmo um ponto de vista profético
Saberia esclarecer este pensar
Ando tão anormal
Ora sereno, ora raivoso
Jogado nas mãos do acaso
Sem livrar-me deste tempo impiedoso
Ando tão esquecido
Um segundo já me é distante
Vejo memórias sem tê-las vivido
Livros que nunca saíram da estante
Ando tão seguro
Sigo qualquer trilha aonde for
Ah, destino! Grande rei e senhor!
Entrego em tuas mãos meu futuro
Ando tão sonhador
Sou refém da imaginação
Sou aliado da inspiração
Reconheço o sentimento e seu devido valor
Ando tão ansioso
Por desvendar segredos de meu coração
Por entender tais verdades ocultas
Que lutam ferozes contra o poder da razão
Ando tão radiante
Por presenciar tua ternura
Por admirar tu'alma pura
Luz celestial! Luz ofuscante!
Ando nos domínios do silêncio
Mas há uma voz que não cala:
"Por viver assim do teu lado
Já sou um apaixonado?"
Samuel Garcia
Piratini, 01/04/2013
Perdido em pensamentos
Achado em dúvidas
Necessito ensinamentos
Ando tão cético
Confiança quem conhece é meu olhar
Nem mesmo um ponto de vista profético
Saberia esclarecer este pensar
Ando tão anormal
Ora sereno, ora raivoso
Jogado nas mãos do acaso
Sem livrar-me deste tempo impiedoso
Ando tão esquecido
Um segundo já me é distante
Vejo memórias sem tê-las vivido
Livros que nunca saíram da estante
Ando tão seguro
Sigo qualquer trilha aonde for
Ah, destino! Grande rei e senhor!
Entrego em tuas mãos meu futuro
Ando tão sonhador
Sou refém da imaginação
Sou aliado da inspiração
Reconheço o sentimento e seu devido valor
Ando tão ansioso
Por desvendar segredos de meu coração
Por entender tais verdades ocultas
Que lutam ferozes contra o poder da razão
Ando tão radiante
Por presenciar tua ternura
Por admirar tu'alma pura
Luz celestial! Luz ofuscante!
Ando nos domínios do silêncio
Mas há uma voz que não cala:
"Por viver assim do teu lado
Já sou um apaixonado?"
Samuel Garcia
Piratini, 01/04/2013
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