Parti em silêncio
O trovão interrompeu
A última gota de esperança
O medo então bebeu
O sol não obedece
O luar já não conforta
Do que a alma carece
O coração tem a resposta
Coragem vem ao meu encontro
Prontifica-se a acompanhar-me
Pois tu é nada mais que um monstro!
Trazes a vaidade para consumar-me!
O temível frio que tortura
As forças do espírito
A carne que se afoga em amargura
Por não estar ao seu alcance o infinito
Sem abrigo, sem fé
Lutar parece loucura
Com grande esforço me ponho de pé
E tento relembrar algumas juras
Juras distantes, juras perdidas
Muito chamaram mas nada ouvi
Quantas desgraças sofridas
Pago agora por momentos em que nunca agi
Lembro as palavras vazias
Lábios puros de traição
Corpos submissos à mãos frias
Fingindo serem servas da paixão
Lembro o que esqueci
Acho o que perdi
É esse caminho ilusório
Que me trouxe até aqui
O frio é intenso
O frio não perdoa
Já não mais aguento
A vitalidade escoa...
A alma agora é livre!
O único fim do maior dilema
A vida que não encontrou a felicidade interior
Como os traços de um poema
Samuel Garcia
Piratini, 28/04/2013
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