Todos filhos da imperfeição
Fracassados no impossível
Hoje a sombra do que serão
Ou o sol de dias sofríveis
O rosto em metamorfose
As rugas que sem permissão dominam
Um coração em overdose
Dos anos que tanto ensinam
O olhar semblante da crueldade
Um sorriso que esbanja delicadeza
Vidas corridas plantam os frutos da idade
Tais números que avançam com destreza
Atos e opiniões se mostram influenciados
Pelos reflexos de toda e cada trajetória
Onde restam glórias e pecados
Entre tantas derrotas e vitórias
Reviver alimenta a saudade
Passado renegado é a alma torturada
São extremos da tal liberdade
"Sua escolha é sua estrada"
E quantos conflitos internos
No corpo que é um campo de batalha
E quantos verões e invernos
Provocam a ira deste íntimo fogo de palha
Perfeição é somente uma palavra
A perdição culmina com a morte
Restam os beijos de quem amava
E o amanhã que conta com a sorte
Samuel Garcia
Piratini, 07/12/2015
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Intimidação.
Luzes que cintilam nas minhas viagens
Gritos ressonantes que não querem calar
Em instantes meu foco é a imagem
De alguém que parece ir sem chegar
Eu tenho aquela sabedoria
Poder te decorar por inteira
Entender o que tanto proibia
Tua presença de ser costumeira
Eu ouço tuas pisadas neste chão
Na vida real por instinto disfarço
A angústia dos anos que se vão
E dos meus olhos esse embaço
Eu sei que estás do outro lado
Deste muro de temores e afazeres
Enquanto meu maior pecado
É a rendição perante tolos prazeres
Quanto ao que penso sem cessar
Se trata de uma avariada contradição
Tão simples e complexo te mirar
Embriagado, extasiado de intimidação
Não sei dizer se pra ti existe um céu
Mas o sol e a lua guardam o teu berço
O seio que ungiu teus lábios com mel
E a criação que te fez única no universo
Poderiam passar dias, meses e anos
E ainda lembraria cada detalhe
Do sonho que logo é um engano
Contanto que a mente não falhe
Que honra foi lhe ter ao meu alcance
Estando a tua frente a te admirar
O destino a si próprio dá nova chance
Talvez não só tu chegues como decidas ficar
Samuel Garcia
Piratini, 11/09/2015
Gritos ressonantes que não querem calar
Em instantes meu foco é a imagem
De alguém que parece ir sem chegar
Eu tenho aquela sabedoria
Poder te decorar por inteira
Entender o que tanto proibia
Tua presença de ser costumeira
Eu ouço tuas pisadas neste chão
Na vida real por instinto disfarço
A angústia dos anos que se vão
E dos meus olhos esse embaço
Eu sei que estás do outro lado
Deste muro de temores e afazeres
Enquanto meu maior pecado
É a rendição perante tolos prazeres
Quanto ao que penso sem cessar
Se trata de uma avariada contradição
Tão simples e complexo te mirar
Embriagado, extasiado de intimidação
Não sei dizer se pra ti existe um céu
Mas o sol e a lua guardam o teu berço
O seio que ungiu teus lábios com mel
E a criação que te fez única no universo
Poderiam passar dias, meses e anos
E ainda lembraria cada detalhe
Do sonho que logo é um engano
Contanto que a mente não falhe
Que honra foi lhe ter ao meu alcance
Estando a tua frente a te admirar
O destino a si próprio dá nova chance
Talvez não só tu chegues como decidas ficar
Samuel Garcia
Piratini, 11/09/2015
domingo, 2 de agosto de 2015
Pensamentos.
Minha cabeça grita de dor
Pelo peso dessas reflexões
Visão do ideal, amostra do horror
Em cenários de mil emoções
Conserto das minhas falhas
Adepto da destruição em massa
Fria indiferença que a mim entalha
Dimensões de bênçãos e desgraças
O vácuo é o pior dos labirintos
Pois não há qualquer saída
Onde são ineficazes os instintos
E a sanidade de repente é esquecida
Atrás da medição desse poder
Jaz o começo da perda de mim
O que eu era se faz esquecer
E o meio vai sufocando o fim
E quanto a todo o resto
Os cacos da minha consciência
Estão distantes e nem contesto
Impossível buscar uma providência
Um felizardo segundo marca presença
E o infinito se dissolve no ar
Não antes de soprar uma ofensa
Ao meu eu que acaba de despertar
Coordenados e em conjunto
Produtos do corpo e da mente
Gestos, posições e assuntos
Que nos definem plenamente
Samuel Garcia
Piratini, 02/08/2015
domingo, 14 de junho de 2015
Desabafo de uma Amiga.
Venci a batalha
E o troféu sou eu
Minha luz tão falha
Agora acendeu
E quanto sofrimento
Uma angústia que assolava
Eis que em um momento
A morte já acenava
Manobrei nas curvas do amor
E despistei as garras da solidão
Busquei em mim o meu valor
E encontrei minha salvação
A lágrima ainda escorre
Mas sua tarefa é emocionar
A felicidade recorre
A um meio de se espalhar
Lembrei dos presentes da vida
Os amores que vivem ao meu lado
Os irmãos que estão na torcida
E meu futuro que está bem guardado
Há um outro amor que é delicado e feroz
Impossível de explicar
Quando eu e a família estamos a sós
É a certeza de que ele jamais irá cessar
E hoje finalmente sei
Que nenhum mal me persegue
Pois tudo que conquistei
À Deus está entregue
O futuro sorri pra mim
Eu tenho as ferramentas certas
Para seguir feliz e confiante, enfim
Vivendo de realizações e descobertas
Dedicada à Bruna Farias
Samuel Garcia
Piratini, 14/06/2015
Ligeiro e Profundo.
Cada sílaba que emana de tua boca
Torna dispensável o que há no mundo
Para alguém que almeja teu coração
Esse olhar ligeiro é profundo
Filha, sobrinha ou a própria?
Te banhas nos aposentos de uma divindade
Afrodite, rainha dos amores
Ou a rival que vence aquela beldade?
De onde vem essa segurança
Que intriga e provoca?
Minha obsessão se afoga
No que tu a mim invocas
Origens distantes
Corpo esculpido
Bondade e justiça
É o sexto sentido
Sussurre aqui no meu ouvido
Teus sonhos mais secretos
E se por um acaso eu não reagir
É porque mereço teus afetos
Em ocasiões digo adeus à paciência
E pulo no abismo do desespero
Acredito que perco a razão
Se nessas horas beber do teu cheiro
Em tua ausência me sinto estranho
Nada sou, apenas ocupo um espaço
Vida escapa de minhas entranhas
Sei que a cura é lhe ter em meus braços
Tua atenção é um tesouro
Escondido na cor dos teus olhos
E entre tantas e tantas lábias
Estão cada vez mais próximos
Amo a ti mas também a mim
Versos de um homem arrogante
É onde jaz a chave do meu triunfo
Palavras do teu futuro amante
Samuel Garcia
Piratini, 06/06/2015
Torna dispensável o que há no mundo
Para alguém que almeja teu coração
Esse olhar ligeiro é profundo
Filha, sobrinha ou a própria?
Te banhas nos aposentos de uma divindade
Afrodite, rainha dos amores
Ou a rival que vence aquela beldade?
De onde vem essa segurança
Que intriga e provoca?
Minha obsessão se afoga
No que tu a mim invocas
Origens distantes
Corpo esculpido
Bondade e justiça
É o sexto sentido
Sussurre aqui no meu ouvido
Teus sonhos mais secretos
E se por um acaso eu não reagir
É porque mereço teus afetos
Em ocasiões digo adeus à paciência
E pulo no abismo do desespero
Acredito que perco a razão
Se nessas horas beber do teu cheiro
Em tua ausência me sinto estranho
Nada sou, apenas ocupo um espaço
Vida escapa de minhas entranhas
Sei que a cura é lhe ter em meus braços
Tua atenção é um tesouro
Escondido na cor dos teus olhos
E entre tantas e tantas lábias
Estão cada vez mais próximos
Amo a ti mas também a mim
Versos de um homem arrogante
É onde jaz a chave do meu triunfo
Palavras do teu futuro amante
Samuel Garcia
Piratini, 06/06/2015
sábado, 23 de maio de 2015
A Espera.
Maré alta ao som do vento
Leva as impurezas da praia
Nuvens que dançam ao toque do alento
Aguardam uma forma que sobressaia
Tal como o anel que sela
Sinceros amores e uniões
Ser a memória que está ali e zela
A banição das más intenções
É o sinônimo de fidelidade
É o puro amor material
Espera do seu dono humildade
Para amar sem igual
A flor bela e solitária
É regada e tem ambições
Amigas e irmãs são necessárias
Para viver em meio a um paraíso de botões
Nossa natureza sempre nos faz esperar
Por um recomeço, um sonho real
Tudo aquilo que não podemos negar
O destino e seu presente ocasional
Por vezes a espera é o inimigo
Que afasta os nossos anseios
O abraço do esquecimento traz abrigo
E o da certeza traz receios
Um desejo realizado nos faz sorrir
Mas uma surpresa nos faz chorar
Vamos deixar o tempo correr, fluir
E uma feliz lágrima iremos enxugar
Samuel Garcia
Piratini, 23/05/2015
Leva as impurezas da praia
Nuvens que dançam ao toque do alento
Aguardam uma forma que sobressaia
Tal como o anel que sela
Sinceros amores e uniões
Ser a memória que está ali e zela
A banição das más intenções
É o sinônimo de fidelidade
É o puro amor material
Espera do seu dono humildade
Para amar sem igual
A flor bela e solitária
É regada e tem ambições
Amigas e irmãs são necessárias
Para viver em meio a um paraíso de botões
Nossa natureza sempre nos faz esperar
Por um recomeço, um sonho real
Tudo aquilo que não podemos negar
O destino e seu presente ocasional
Por vezes a espera é o inimigo
Que afasta os nossos anseios
O abraço do esquecimento traz abrigo
E o da certeza traz receios
Um desejo realizado nos faz sorrir
Mas uma surpresa nos faz chorar
Vamos deixar o tempo correr, fluir
E uma feliz lágrima iremos enxugar
Samuel Garcia
Piratini, 23/05/2015
sexta-feira, 17 de abril de 2015
Ecos.
Um
velho remorso que vive inquietante
Que
nasceu do lamento de ser incapaz
Sombra
do que por vezes foi provocante
Hoje
é um fardo de tempos atrás
Um
sonho, a ânsia de satisfazer
O
gozo de ser uma frágil relíquia
Lábios
que podem desfazer
A
existência das ilusões resquícias
Sol
oculto, memória da escuridão
A
banalidade de mais um dia comum
Meiguice
e frieza reinam a ocasião
Como
velhas amigas de lugar algum
O impulso então se calou
A mão
cedeu à outra a proteger
E uma
gota de importância secou
Contemplando
o erro que estava a cometer
Uma
peça para tudo isso se encaixar
Era
somente o que pedia
Porém,
aceitou sem se queixar
E o
coração já se escondia
Em
seu rosto visível repulsa
Por pensar
que poderia querer bem
O corpo
fechado, uma aura que expulsa
Os
devaneios de quem ali a tem
Seu
corpo não clamava por aquele calor
Um
sentimento abortado assim sem razão
Tamanho
desespero, intenso pavor
Ao se
unir a seus lábios não houve emoção
Um
conflito interior
Causou
a perda da única chance
De
explicar que o amor
Estava
fora do seu alcance
Mas
ela soube das feridas
Que
não desejava ter causado
Pois
viu ali refletidas
As
marcas do seu passado
No
final, tudo é cicatriz
Ele é
seu próprio espelho
É o
novo dia quem diz
O
momento de erguer os joelhos
Ah!
As palavras não ditas
O
silêncio não é tão ruim
Respostas
são breves e finitas
Mas a culpa desconhece o fim
O
ódio nunca nele habitou
Seus
olhos eram esquivos e frios
Aquela
moça sempre o lembrou
De belos
sonhos que se tornaram vazios
Samuel Garcia
Piratini, 17/04/2015
domingo, 15 de março de 2015
Seja Cedo, Seja Tarde...
Seja
cedo, seja tarde
Enquanto for duradoura
A
felicidade que tanto me arde
Ao
nascer da aurora vindoura
Procuro
sempre me orientar
Mas
estou encurralado
Por
raios incandescentes a cintilar
Colorindo
o céu antes estrelado
O tempo se rende aos corações bons
Cujos
feitos eternamente viverão
Prevalecem dentre os tons
De
vida e morte em distinção
E no testemunho da bela natureza
Perpasso
meu ser no teu rosto
Onde
vibro com tamanha beleza
Desse
sorriso meigo e disposto
Meu
destino é em direção ao sol
E esse vento vai castigar teus cabelos
Perfumes
impregnam teu negro lençol
Ah!
Quem me dera algum dia tê-los...
A iluminada aurora chegou
Porém, agora quero pegar na tua mão
Vem
comigo que ainda não acabou
Temos
uma jornada por este chão
Nada
vejo, minha visão se apagou
Não
sinto teus dedos, ah! Não pode ser!
Emboscada
que a vida preparou
Até
por completo te esquecer
Passado
e futuro
Inexistentes
em mim
A brisa e o suor em meio ao escuro
É uma tempestade sem fim
Sou
apenas um homem que ainda vive
Que
desconhece se resiste ou já resistiu
Lembro
vagamente que estive
Tentando
encontrar alguém nesse vazio
Samuel
Garcia
Piratini,
15/03/2015
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Ausentes.
Devaneios que beiravam o absurdo
Em breve se fizeram opinião
E já não ouvimos o baque surdo
Dos gritos oriundos da voz da razão
É quando nos deixamos consumir
Por instantes que mais parecem uma existência
Incontáveis anos que passam por vir
Declaram deles nossa própria ausência
E é tão difícil lidar com consequências
Que castigam mais além do corpo
Tornam-se frutos da nossa vivência
E marcam seus impactos em um todo
Uma incerteza que nos devora
Em milésimos tão despercebidos
E de repente vai-se embora
Deixando laços de afeto partidos
É o mal da impulsividade
Que arranca o tempo da reflexão
Encobre nossa bondade
Com sombras e pedidos de perdão
Samuel Garcia
Piratini, 23/02/2015
Em breve se fizeram opinião
E já não ouvimos o baque surdo
Dos gritos oriundos da voz da razão
É quando nos deixamos consumir
Por instantes que mais parecem uma existência
Incontáveis anos que passam por vir
Declaram deles nossa própria ausência
E é tão difícil lidar com consequências
Que castigam mais além do corpo
Tornam-se frutos da nossa vivência
E marcam seus impactos em um todo
Uma incerteza que nos devora
Em milésimos tão despercebidos
E de repente vai-se embora
Deixando laços de afeto partidos
É o mal da impulsividade
Que arranca o tempo da reflexão
Encobre nossa bondade
Com sombras e pedidos de perdão
Samuel Garcia
Piratini, 23/02/2015
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
Similar.
Longas esperas sob os adornos do espaço
O branco dos pontos virtudes ensinam
Como a leve brisa que vence o embaraço
De soprar tão fria na ausência do sol
O dedo que aponta a estrela
No céu da noite escura
É o fogo sereno da vela
Que alimenta o calor com brandura
Estando mais uma vez à luz do luar
Veio a mim o fato mais interessante
A união do que é similar
É capaz de tornar o tempo em instante
Feições e gestos
Posições e gostos
Acabam em afetos
Dos pés aos rostos
O que é igual transparece ser forte
E as semelhanças podem embriagar
Quando dois não esperam da sorte
O sentimento se manifestar
Conforto e relutância
Provoca aos semelhantes
Compreensão em abundância
Ou incertezas preocupantes
Corações que um ao outro conhecem
Peças do mosaico que encaixam
Mil sonhos já florescem
E nesse mútuo desejo os acham
Porém,
tanta igualdade também pode afastar
Nem tudo são flores no jardim
Quando chega a hora de amar
Similar, diferente, não importa no fim
Samuel Garcia
Piratini, 28/01/2015
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