terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Com Esperança.

Aqui estou, voltado somente para ti
Pois se nos teus sonhos eu viajar
Buscarei aquilo que há muito inibi
E na inocência do teu sorriso irei me encantar

Em teu colo encontro meu leito
Adormeço com as tuas doces carícias
O coração a bater no teu peito
Usufrui ausência de quaisquer malícias

Oh! Sábia moça de espírito indomável
Como resistir aos teus encantos?
Em tuas lágrimas há um brilho impecável
Ao encarar à luz da noite aos prantos

No meu abraço tu encontras a salvação
Temo que nunca saberei teus medos
Distingues misericórdia e perdão
Respiras aflição no mundo dos teus segredos

Pelo caminho traços do teu véu
E a fragrância se vai com o vento
E o gosto dos teus lábios de mel
Efervesce esse lamento

Por que foges de mim?
Vens ficar do meu lado, sabes tão bem
Que jamais viste proteção assim
Repousada no meu peito
Dizes que é o paraíso e mais além

E como eu preciso de ti...
Sei que nos meus sonhos tu estarás
Olhando o horizonte com esperança
Na pureza de uma criança
Acredita que ali é o teu lugar
Até mesmo eu
Sinto uma paz como nunca senti

Vou ao infinito te buscar
Pouco importa como te alcançarei
Só quero mais uma vez
Nos meus braços te segurar
E uma vida para ti então viverei


Samuel Garcia
Piratini, 29/01/2013

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Céu de Remorsos.

Há muito vivo nas sombras de uma cruel verdade
Tão perturbadora, tão agonizante
Todas as noites, temíveis pesadelos
Que afetam meu âmago sem piedade
Jogado nos braços da solidão
À mercê da completa perdição
A estrela solitária
Jaz apagada no céu de remorsos

E o passado...
E as memórias...
Agora não posso manter
Não como outrora

Ah! A inescrupulosa traição do tempo
Já que há muito não vivo
Seu único propósito
Foi aumentar meu tormento
De todas as saídas que usei, ainda resta uma porta
Mas nada mais importa
A justiça será feita
Irei até a morte que me espreita

Acredito que não devia ter a audácia
Te chamar de “meu amor”
Quanta hipocrisia...

Tu devia nos últimos momentos
Se perguntado o porquê
Eu sei que as palavras não decifram
A incompreensão do mais belo sentimento
“Meu amor, eu não sei...”
É a única possível resposta
Nosso amor era tão único
Por dez dias, de chorar, não cessei
Pois o teu sangue fui eu que derramei


Samuel Garcia
Piratini, 23/01/2013

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Convicta.

Convicta tu és
Fala mais uma vez no meu ouvido
Tuas maravilhas de mulher
Como se eu houvesse esquecido

Ah! Me dê motivos para não te amar
Se entrega em corpo e alma nos meus braços
Tu és minha luz que não irá se apagar
A cada beijo mais inseparáveis nossos laços

Convicta, me diz
Se o céu sorri às flores
Se as bênçãos do arco-íris
Alegram todos os amores

Convicta, me sinta
Se o brilho do meu ser te conforta
Fogo ardente desta paixão infinda
Quão calor teu corpo suporta

Convicta, me queira
Como às nuvens o sol agrada
Lhe tenho como minha parceira
Aquela cuja qual é eterna amada

Convicta, me seduz
Como o mar convida as estrelas
No refletir da sua luz
Transformam um mundo todo ao vê-las

Sabes tão bem tua influência
Meu peito aquece, minha alma se agita
És digna da mais realçada decência
Sempre convicta


Samuel Garcia
Barrocão, 3º Distrito de Piratini, 19/01/2013

domingo, 20 de janeiro de 2013

Meus Olhos.

Em minha busca árdua por aconchego
Decifro as mais belas canções de amor
Nos princípios do eterno sossego
Provo o doce néctar da linda flor

E que seja feita a vontade dos ventos
Que tragam além da brisa um sorriso
Tal que unifique todos os sentimentos
Para viver e sentir tão magnífico regozijo

E se em um instante eu encontrar
O aconchego que tanto procuro
Meus olhos dirão para mim esperar
E ver no passado um futuro

O sol que desponta no horizonte
A lua que reflete no mar
A face que esconde
O mais sincero desejo de amar

Nos corações divididos
Arde no peito a chama incandescente
Entre os sonhos partidos
Perde sua força o espírito valente

Sinto no corpo a brisa a soprar
Sinto que no amor devo confiar
Meus olhos expõem a certeza
De um dia encontrar a amada princesa


Samuel Garcia
Barrocão, 3º Distrito de Piratini, 14/01/2013

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Aqui Perante a Mim.

Os mais profundos desejos
Podem ser a razão de viver
Numa escuridão frequentes lampejos
São incapazes de curar
A dor do maior sofrer

As tais palavras que ditei
Adentram na alma com força
Assim eu torturei
O doce amor da bela moça

Tenho minha escolha
Lutar ou desistir
Da árvore cai a folha
Sem ter para onde ir

O infinito azul do mar
Os raios do sol a brilhar
Me trazem recordações
E levam a um mundo de ilusões

O precioso canto das aves
Uma humilde melodia
Sozinho à tarde
Me afogo em lágrimas e melancolia

Oh! Meu Senhor!
Me mostre o que aconteceu
Será eu? A causa daquela dor?
Em um instante senti
Que algo em mim se perdeu

Não possuo a eloquência
Nossa história chegou ao fim
Resta a ingrata consequência
Aqui perante a mim


Samuel Garcia
Piratini, 08/01/2013

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Eu Mal Sabia.

Alma que se afoga em um mar de desilusões
Coração que vorazmente palpita
Percorrendo nos meus sonhos várias dimensões
Uma realidade que em mim já habita
É aqui que agora vivo
Felicidade é o único objetivo

E quando lembro dos momentos difíceis
Vejo que muito pecou meu alento
Estive em uma terra seca e sem vento
Batalhando de faca uma chuva de mísseis
Era lá que outrora eu vivia
Tanta infelicidade... eu mal sabia...

Queria um ombro amigo
Chamava por alguém
Desejo imensurável de fugir desse castigo
Eu não me importava
Fosse a morte ou mais além
O otimismo me fitava com desdém
A perdição era o que meu peito proclamava
Era lá que outrora eu vivia
Tanta infelicidade... eu mal sabia...

Vagava por estradas tortuosas
Nada restava a mim
Medo indescrítivel...
O frio afago da condenação
A minha palidez de marfim
Por que é tão suscetível?
É tarde para implorar perdão
Incontáveis crueldades, traições sigilosas...
Era assim que eu vivia
Tanta infelicidade... eu mal sabia...

Vi uma intensa luz
E desde então aqui estou
Uma terra de amor e paz
Será que do fatídico destino fui poupado?

Meu passado hediondo ficou para trás
Irei mudar meu futuro
Serei leal e generoso
Tudo que outrora não fui capaz
Saborearei os mais belos prazeres do mundo
Pela primeira vez na vida terei gozo
É assim que agora vivo
Tanta felicidade... agora eu sei


Samuel Garcia
Piratini, 04/01/2013