quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Céu de Remorsos.

Há muito vivo nas sombras de uma cruel verdade
Tão perturbadora, tão agonizante
Todas as noites, temíveis pesadelos
Que afetam meu âmago sem piedade
Jogado nos braços da solidão
À mercê da completa perdição
A estrela solitária
Jaz apagada no céu de remorsos

E o passado...
E as memórias...
Agora não posso manter
Não como outrora

Ah! A inescrupulosa traição do tempo
Já que há muito não vivo
Seu único propósito
Foi aumentar meu tormento
De todas as saídas que usei, ainda resta uma porta
Mas nada mais importa
A justiça será feita
Irei até a morte que me espreita

Acredito que não devia ter a audácia
Te chamar de “meu amor”
Quanta hipocrisia...

Tu devia nos últimos momentos
Se perguntado o porquê
Eu sei que as palavras não decifram
A incompreensão do mais belo sentimento
“Meu amor, eu não sei...”
É a única possível resposta
Nosso amor era tão único
Por dez dias, de chorar, não cessei
Pois o teu sangue fui eu que derramei


Samuel Garcia
Piratini, 23/01/2013

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