sábado, 3 de agosto de 2013

Vestígios (Ódio de Mim).

Desculpa se não te falei
Da escuridão que me encurrala
Nas manhãs abençoadas e felizes
Tudo que eu desejei negar
Assim que tua figura não mais me fascinava
Senti ódio de mim...

Tu que sempre só pedias
Passou agora a ordenar
Eu que sempre te respondias
Vou embora sem me explicar

E o que deveria ser eterno me abandona sem remorso
Nos abraços não recebo aquele calor
Lábios antes doces agora são frios e amargos
Ah! As duras palavras que ferem meu peito
“De ti, restará um homem incapaz de recordar
Dos motivos que o levaram a amar”

É tão estranho
Mas me sinto bem longe de ti
Em algum lugar tua lágrima
Escorre pelo rosto lentamente

Pois em todos os finais de um grande amor
Nenhum se equipara a este
A chuva silencia aos poucos
Até não restar gota sequer
A alegria tem seu rumo
Mas insiste em seguir por uma direção qualquer
A imensidão de um formoso céu
Deu a vez à essa eterna noite sem luar

Desculpa mas não falo
Nem mesmo bobos vestígios banais
Os quais pensei confiar a ti
Queria os achar mas nem os perdi...

Desculpa mas não dá
Sei que meu rosto
Em teus pensamentos ainda vive
Diria que pra sempre viverá
Mas se ao lembrar que estive
A adorar-te tanto
Como te explicaria o soluço do pranto?

E vivo sem amar, sem querer
Procuro apagar, sem sofrer
Intolerável crime de amor
Sentenças que não paguei
Desculpas que não falei


Samuel Garcia
Piratini, 03/08/2013 

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