Tão pouco resta
Para alguém tomar as palavras
Exatas mas ainda incertas
Que sabem provocar a quietude
Serena e solitária
Por onde andas tu?
Se teus refúgios estão abaixo do meu ser
Hei tuas doutrinas aprender?
O que eu quero
Não difere do abrigo dos clamores
Imponentes sobre os mais fortes
Decadentes sob os mais fracos
Que rejuvenesce a velha raiz há muito fincada
E a névoa que ronda o chão da sua morada
O que eles querem
É mais uma vez ressaltar
Que suas vozes movem mundos
Como responsáveis de infindos segundos
Juram que tudo é moldado
Paladares ineficientes que não sentem
O gosto insalubre do pecado
Não imagino o que iria ignorar
Se os trovões não ouvissem minhas preces
Se a majestosa estrela não emprestasse
A compaixão dos olhares simples
E se nas juras relutantes, minh’alma jogasse
Pelo esquecimento a perdição que me seduz
Este silêncio em conluio com a solidão
Muitos princípios me ensina
Tenho a meu lado o espelho
Que sabe pensar, agir e sentir
Gratificante que alguém comigo desfrute
Deste pensar pedindo a mim que lute
Inútil! Não está ao meu alcance
Eles não ouvem, tampouco se deixam ouvir
Se ainda fosse falta de escolha
Mas sempre têm aonde ir
Te quero, te procuro tanto
Ó amável quietude
Nada posso fazer ao outro que não te quer
Mas prometo estar onde tu estiver
Samuel Garcia
Piratini, 14/08/2013
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