A mão de um destino injusto
Vai depressa ou devagar
Não importa tempo e custo
Se tu não sabes regressar
E nas auroras sorridentes
Por entre as curvas das montanhas
A vitória dos prudentes
É sobre a pressa e suas artimanhas
Se à tua frente não há progresso
Tampouco a sonhada felicidade
É a hora do regresso
Reconstrói tua integridade
Os mesmos quilômetros percorridos
De nada serve uma absurda velocidade
O sol brilha no chão desconhecido
Pelo repúdio à trapaça e a vaidade
Primeiro lugar é tolice, ilusão
De que vale na frente disparar
Se tu caíres no poço da danação
Justamente por não saber regressar?
Precaução, palavra-chave
Sentidos atentos são essenciais
Ao mínimo sinal de indecisão apenas trave
E aprenda a progredir voltando atrás
Dúvidas podem e devem aflorar
A ambição consome quem a tudo deseja
Com egoísmo um passo a frente não é avançar
O futuro espera que isso, tu vejas
Samuel Garcia
Piratini, 31/12/2014
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