Enfrentando
fantasmas da lamentação
Eu
posso desmascarar as motivações secretas
Minha
visão corre ao redor como a veloz correnteza
Na
infeliz lágrima que no rosto se dissolve
Flutua
no imaginário a razão que a envolve
Comendo
os frutos da duvidosa paixão
Sou
curado e vou partindo por esse chão
Juntarei
diamantes que jazem presos na vontade
E seus brilhos hão de ofuscar o sol
Ouço
sofrimentos vindos da impiedosa saudade
Farei
soar todo meu amor no limbo fortificado
Retomo
a procura por algo inalcançável
Corroi
minha já cansada alma seus corações partidos
Guiarei
até os mais puros sonhos uma lembrança
Lutem
e conquistem a brava perseverança
Vedes
que fui desprovido de escolhas
Os
céus em meu ouvido sussurraram
Levado
de toda a essência brotou então a dolorosa nostalgia
Jamais
quero ser lembrado como aquele que vivia
Somente
finalizei tudo que aí me cabia
Deveras
era o momento decisivo
Infiltrar
no infinito proibido
Evitar as tentações deste mundo
Reunir
todos os fragmentos da verdade
Ignorar
a utopia e crer que é possível a nossa felicidade
Estender
a mão ao próximo
Saborear
o doce gosto do amor
Acordar
sorrindo por entre anjos da guarda
Correr
com vontade por entre o verde gramado de Deus, sem parar...
É
minha nova morada
Onde
pássaros assobiam sigilosas canções
Sobre
dores e amores de multidões
De
outro plano que outrora eu vivi
Lá
onde nunca deixei de sorrir
Uns
dirão que fui corajoso
Outros, que fui inocente
Mas
o que mais me atormentou
Foi
ter que deixar a minha gente
Ouvi
e ainda ouço suas orações
O
coração bate ansioso
Um
pedaço em cada um
Meu
olhar atento zela por vocês
Minha
luz ilumina seus espíritos
Saibam
que estou bem
Por
um fato simples e sincero
É
o que pra sempre quero
O
poder cuidar de alguém
Dedicada a Vagner Garcia
Samuel Garcia
Piratini, 24/12/2014
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