Devaneios que beiravam o absurdo
Em breve se fizeram opinião
E já não ouvimos o baque surdo
Dos gritos oriundos da voz da razão
É quando nos deixamos consumir
Por instantes que mais parecem uma existência
Incontáveis anos que passam por vir
Declaram deles nossa própria ausência
E é tão difícil lidar com consequências
Que castigam mais além do corpo
Tornam-se frutos da nossa vivência
E marcam seus impactos em um todo
Uma incerteza que nos devora
Em milésimos tão despercebidos
E de repente vai-se embora
Deixando laços de afeto partidos
É o mal da impulsividade
Que arranca o tempo da reflexão
Encobre nossa bondade
Com sombras e pedidos de perdão
Samuel Garcia
Piratini, 23/02/2015
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