Anseios por uma vida magnífica
Paz e amor se fazendo em cada canto
Buscando um modo de secar o pranto
Por viver nessa realidade fatídica
Partiram-se os laços do julgamento
Que o sopro incessante levou para outros horizontes
E esse suor que me escorre pela fronte
Atinge tanto a pele como o pensamento
Creio que era em outra existência
Na época em que as rosas brilhavam
Frases de amor sussurravam
Repletas de clemência
Andando lentamente naquela trilha
A grama encobria meus passos
Uma tempestade me acolhia em seu abraço
Semelhante a um amor de filha
Então, disse eu:
" - Ó tempestade, por que vais?
Tuas gotas já não molham mais
Volta e acalenta o sono meu..."
E o sol que me agradou
Na manhã trazia a boa nova
Prendia-me na esperança que renova
Que agora há muito me deixou
O silêncio que histórias contava
Sobre o destemido céu de anil
Entre as aves que migravam para o rio
Uma suave melodia se originava
Em um relance tempos mudaram
Vivências acabaram
Se tudo aquilo teve um final
Por que ainda vivo?
Já não há rosas brilhantes
E a beleza se esvai
Amores não proliferantes
Magoam a triste pétala que cai
Já não há trilhas de grama
Já não há tempestades acalentadoras
Perderam suas forças acolhedoras
Por uma temível fúria insana
O sol das manhãs está calado
A esperança desprendeu-se de mim
Agora acredito em um fim
Que no meu peito está guardado
Ah! Doce paraíso que já não volta
Conseguirei seguir em frente?
E tu, presente
Suplico-te, me solta!
Samuel Garcia
Piratini, 07/03/2013
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