Se apago as mágoas da fria solidão
Renovo meu ânimo no cruel vendaval
Por alimento há esse desconhecido
Quiçá um sonho esquecido
Percorreu caminhos de perdição
Sucumbiu a uma deriva
E morreu nas garras da escuridão
Durante as tardes admiro o azul do céu
De tempos outrora toma-me uma nostalgia
Sim... eu compreendi o amor
Conheci até mesmo seu mais latente fervor
E eu... não sei ao certo como rompeu-se delicado cordel
Quem dera que as flores permitissem
Reviver aquele passado meu
Nos carinhos perdidos havia uma esperança
Lábios de mel tornaram-se amargos
Lágrimas pesavam no rosto
Estrelas afogadas em desgosto
Ah! Chega a lembrança
A cada aurora derrama melancolia
Por que não posso ter uma vida mansa?
À noite, sento-me à lagoa
Iluminada pelo coração do luar
Somente ela sabe apaziguar a alma do poeta
Sua voz é incessante... inquieta!
Entende-me melhor do que qualquer outra pessoa
É a fuga dos meus pesadelos
Somente ela minhas lágrimas escoa
O som das tuas águas
Mais belo hino celestial
Sentado à tua beirada
Do amanhecer à madrugada
Vivo o momento e esqueço o passado
Oh! Lagoa dos encantos
Não me deixe abandonado
Samuel Garcia
Barrocão, 3º Distrito de Piratini, 14/02/2013
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