Nessas ilusões destemidas
Que insistem em se fazer
Perguntam-me questões respondidas
E assim vivo sem saber
O que posso merecer
Aves gorjeando amável melodia
O límpido céu azul ao seu ver
Bebendo versos de alegria
Clamo pelo amanhecer
Pois desconheço o que posso merecer
Seguido pelo passado errante
Falhas que sempre buscam me vencer
São passos longos e desgastantes
Nunca aprendo o que me faz esquecer
Sobre o que posso ou não merecer
Anseio por um novo horizonte
Que então fará uma descoberta nascer
Esperando o amanhã apago o ontem
Não há mistério em crer
Mas ainda desconheço o que posso merecer
E se em vez do amanhã eu gozar o hoje?
Sabendo que o amanhã não floresça
Ignoro o futuro e olho para trás
Confiando nessa conclusão, espero que ela cresça
Pois talvez eu mereça...
Samuel Garcia
Barrocão, 3º Distrito de Piratini, 20/04/2013
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